sábado, 11 de julho de 2009

Quadro a quadro as imagens vão se formando. Cada porção de tempo contém um traço a mais a ser somado aos outros. O espectador espera. Supõe possíveis configurações, ora acerta ora erra. Muitas vezes os traços acrescidos parecem não se conectar aos demais. Há vezes que o espectador tem a impressão que nada se modificou. Ora as modificações são tão intensas que muitas das informações se perdem. Não há respostas prontas. A vida é uma película quase infinita que sobrepõe os acontecimentos como frames que só permitem a noção de movimento quando se esquece o anterior. Apagamento, sobreposição. Explora a maior característica da lembrança que é o esquecimento. Mas a idéia de infinito desaparece, muitas vezes sem completar a imagem, outras bem depois de completá-la. Então, quando o ultimo frame aparece, o projetor se trava, sempre igual. Um fundo preto e apenas três letras. FIM

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