quinta-feira, 29 de março de 2012





Mais uma vez mulher árvore, ou seria menina árvore.
Não acho que aja de maneira infantil.
Entronquei meu corpo.
Tornei imóvel exatamente o que preciso para olhar para os lados.
Pergunto-me o que não desejo ver?
Ou o que evito.
A decisão já foi tomada.
O medo não é tão terrível quanto eu pensei.
Mas ainda assim hesito.
Diante do êxito hesito.
Nem sempre saber o que é bom é o suficiente.
Protelo a decisão para uma hora certa que não parece nunca acontecer.
Preciso relaxar. Retornar ao que era, mas agora diferente.
O caminho continua.
Vou criando rascunhos e rasculhos.
Rascunhos mal feitos.
Rasculhos perfeitos
Um esboço pra um recomeço.
Mais uma vez a fênix e a frase
Escrever é sempre deixar de dizer,
Mas tudo começou com um sim.
E é sempre importante lembrar que é tempo de morangos

...

domingo, 25 de março de 2012


Rasculhos

Coisas de criança.
Ver a chuva antes dela chegar. Observar a distância.
A chuva lá.
E eu apenas a observando.
Vendo-a molhar os telhados, os jardins, as pessoas.
Hoje fui ao encontro da chuva.
Não a observei da janela.
Sentir seu cheiro não seria suficiente.
Não esperei ela chegar até mim.
Fui até ela.
Me molhei sem preocupar.
A água que retorna.
A água que abençoa.


Salão do encontro
Um lugar mágico para a menina que ainda não havia sido atropelada pela árvore.
Lá as cores dos tecidos eram tiradas do chão, da terra.
Os fios desembolados em fiadeiras.
Vários teares criavam as tramas.
Talvez tenha sido de la que tirei esse olhar torto.
Que vê tudo de uma forma tão diferente da maioria.
Sonho de infância era poder morar naquele lugar mágico.

Obs: texto perdido em meus rascunhos...