sexta-feira, 6 de novembro de 2009

As gotas da chuva começaram a inundar o silêncio da noite. Logo o cheiro chegou. Respirou fundo. O dia amanhecia. Aos poucos ia clareando. Os primeiros raios desafiavam a noite e venciam as nuvens da fina chuva que caia. Mansa, era uma chuva delicada. Saiu da cama. Foi para a varanda assistir. Primeiro um calafrio. O choque do calor do ninho com a exposição do tempo. Mas aos poucos de acostumou ao frio daquela madrugada. O início de uma bela manhã. Não inundada de sol. Mas um amanhecer suave, lento e gradativo. Sabia que não poderia ainda se atirar na paisagem. As coisas anda se moviam em câmera lenta. Ela também se movia devagar, mas não era lentidão, era delicadeza. Um movimento delicado como um desabrochar de um botão. Que embora não seja fácil percebe-lo, está lá.