sábado, 25 de julho de 2009

- Não estou lhe entendo!!!
Ele repetiu
- ____________________
- Desculpe-me mas o que você está dizendo não faz o menor sentido.
E mais uma vez o mesmo som saiu da boca dele:
- ____________________
Mas ela não compreendia. As palavras não faziam sentido. Apesar de ordenadas corretamente e conhecidas para ela. Não conseguia compreender.
Mais uma vez ele tentou dizer, com outras palavras que buscavam dar o mesmo sentido.
- _______________________________
Nos olhos dela estava claro sua perplexidade.
- Eu ouço as palavras, mas não compreendo o sentido. O que você que me dizer?
Com grande paciência ele repetiu:
- _________________________ ________________ _____________ _________ ________________ _________________ _________________
Mas ainda assim nada. Ela não conseguiria compreender. Era como se tivessem se desencontrado. Um não conseguia mais compreender o outro. Ou melhor, ela não conseguia dar sentido ao que ouvia. Tentava compreender por outros meios, observava os olhos dele, o movimento das mãos. Mesmo a respiração. Mas não conseguia traduzir nada. Estavam estagnados na incompreensão. Mas ela não tinha tanta culpa. Provavelmente se ela dissesse algo para ele tal como o que ele dizia, provavelmente ele também não a compreenderia.
Estavam os dois presos nesse dilema. Ele falava e ela não entendia. Então quando ele estava para desistir de dizer e ir embora.
Ela segurou suas mãos, olhou fundo em seus olhos, respirou fundo como se pudesse absorver o sentido pelo ar e disse:
- Repete só mais uma vez
- ¬¬¬¬¬¬¬¬¬¬¬¬______________________
- Imagino que sim. Respondeu com um sorriso.
Incapaz de traduzir ela simplesmente resolveu imaginar algo que poderia se adaptar e continuou.

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