quinta-feira, 15 de setembro de 2011

As palavras fugiram de mim? Não, penso que as tenho tratado muito bem, com carinho. Não acho que possa as ter magoado para que isso justificasse uma fuga. Teriam então elas sido roubadas? Mas então, quem faria isso. E por qual motivo? Afinal palavras minhas não se encaixam bem nos textos de outros. Mesmo sem resposta sei que as palavras não estão por aqui. Aqui reina o silêncio. Será que ele, ah... talvez o silêncio as tenha espantado, ou as roubado. Esse vazio tão conhecido de outros tempos, que novamente me ronda sem que eu consiga evitá-lo. Exitem silêncios que gosto. No quarto, antes de dormir. No nascer do sol, quando tudo parece explodir, mas nada acontece. Diante do mar, quando por vezes me faltam as palavras pois preciso tomar folego. Mas o silêncio de hoje não se configura como estes. Não é um silêncio apaziguador da alma. É a falta de algo que me escapa. A falta de força para dizer. Um silêncio que vem do vazio do olhar perdido. Como se a musa de ar magoado despertasse e viesse me dizer que mais uma vez perdi minha chance. Que, por hora, não terei forças para resistir.

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