quinta-feira, 22 de setembro de 2011

Jardins de veredas que se bifurcam
Dos caminhos que trilhei
As feridas dos meus pés são de dentro para fora
A ex garçonete caminha por uma nova estrada.
Em tempo modernos retorna-se ao passado.
Passado não seu, mas dos outros.
Após longa volta talvez não haja retorno.

.....

Reta e distante até onde a vista alcança
Sorrir mesmo diante da adversidade.
Mesmo quando a única vontade é chorar e desistir.
Por vezes, olho para os meus pés machucados.
Essa caminhada não é fácil ou mesmo tranquila.
É uma estrada vazia, solitária.
Não por descaso ou abandono.
Sua solidão é contaminada por quem a trilha.
A falta de cor.
O silêncio.
Não a tornam triste.
Mais uma vez reitero minha escolha sem certeza.
Observo a explosão silenciosa da alvorada.
Onde não se vê nada novo.
A estrada continua em preto e branco.
Por escolha caminho sozinha.
O olhar perdido permanece.
Mas abre espaço para novos olhares.
Se agregam novas perspectivas.
A estrada é uma.
Mas mesmo com os pés ainda machucados,
quem a trilha não é mais a mesma.

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