Não, não te escrevo mais uma vez com perguntas. Não quero mais saber o porque de você ter se afastado. Foi uma escolha sua. Que eu nunca vou compreender. Também não te escrevo para perguntar se mudou de idéia. Se assim o fosse provavelmente eu saberia, pois ai sim você teria me procurado. Escrevo para dizer que sinto falta. Provavelmente sinto falta do amigo que você nunca foi. Apenas do amigo que eu imaginei que você fosse. Aproveito para agradecer por não ter estado ao meu lado quando precisei. O mundo para mim está escuro, sem caminhos, sem respostas. Mas mesmo se você estivesse aqui, isso não mudaria nada. É bom conseguir enxergar o quão só se é. Absolutamente só. Sem fantasias, nem sonhos. Cética e um pouco sem cor. Esse é o mundo que eu vivo. Sempre vivi nele, mas é assim que o vejo agora. Sem a ilusão da amizade. Certa vez lhe contei a história da borboleta e da flor. Hoje não há flor alguma no jardim. Mas também não busco mais por elas. Elas até podem estar lá, mas tal como a flor da história, ficaram todas murchas, sem viço. Não há mais doçura ali. Não é culpa sua já esclareço. Você não tem responsabilidade alguma nisso tudo. No fim sei que tudo isso é pelo jeito, a forma que vejo e reajo às coisas que se passaram. Foi encantador. Talvez encantador demais. Até para arriscar de novo. Pois no fundo no fundo. Ainda tenho saudades.
Esta é uma mensagem que nunca poderei escrever. Por não ter a quem enviar. Afinal digo tudo isso ao amigo que não tive.
quarta-feira, 14 de abril de 2010
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