Então me vem mais uma vez o silêncio. Uma certa angustia comedida diante do papel em branco. Me pergunto o que não desejo dizer? Escrevo e depois apago. Uma luta com o texto que quer sair e ainda assim, teima em calar. Reescrevo frases. Apago. Nego e, ainda sim, sei que está presente. Recordo que em outros tempos também senti a mesma necessidade de acalmar as outras vozes para poder ouvir. E como em outros momentos, o insucesso. Durante a noite a balburdia se agita dentro, durante o dia o cansaço impera. Inquieta. Talvez seja mesmo o desejo de ficar inerte um tempo. A reflexão não se dá durante a corrida. Mas insisto em correr por temer parar demais. Talvez os índios tenham razão, e a foto tenha mesmo aprisionado minha alma. Mas que também, não quero dela me libertar. Recordo que tenho dificuldade em aceitar o que já aconteceu. E nessa tentativa não busco me adaptar ao novo, e sim, apenas tento recuperar o velho. E me desgasto em busca do tempo perdido, sem perceber que o que preciso é viver o tempo presente.
Então penso, talvez agora seja tempo, não de morangos, mas de silêncio.....
quarta-feira, 13 de junho de 2012
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