quarta-feira, 30 de maio de 2012

Tento me ferir. Me morder.
Mas alguém me impede
“A batalha já está ganha”
Desejo então fugir
“O Estado está chegando”
Viaturas e ambulâncias
Mas ele me diz para ficar
“O Estado deve permanecer neutro”
“Ele veio apenas recolher os feridos”
E eu não estou no meio deles
Tentam organizar a passagem
“Não interditem as duas vias”
Deixar uma passagem....
Talvez seja a resposta a pergunta
Não havia mortos, apenas feridos
“É bom ouvir de vez em quando”

Um comentário:

  1. Como sempre, Maria, você me surpreende. Você parece uma daquelas caixinhas que a gente vai abrindo e sempre encontra outra dentro. Abre e novamente outra. Saramago dizia que filho é só um empréstimo. Não é da gente. Você é do infinito...

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