Da mais velha, da mais perdida e da, definitivamente, a mais esquivocada.
Esquivar-se da realidade e do possível. No mundo dos sonhos as coisas são possíveis, mas ao nos depararmos com a realidade as palavras não soam como deveriam ser. Um passado sombrio cheio de dor e sonhos despedaçados. Não há nada que não possamos fazer. Promessas não efetivas. A expectativa frustrante. Mas ainda assim se permitir um sonho. Evitar coisas calculadas. Um mal menor em nome de uma falsa sensação de não sofrer. Não é possível. E vem o olhar perdido me lembrar como tenho evitado qualquer sentimento em nome de evitar assim o sofrimento. Como se fosse possível evitar sentir. Evitar sofrer. Fingir não sentir. O risco. O a riscado. E enfim o medo de assumir a verdade do que sentimos. Do que queremos. Estamos a beira de um abismo. Mas não podemos recuar. O voo e a queda misturam-se de uma forma assustadora. Mas a voz diz: Pode pular. Em um momento de insensatez me jogo. Será um voo imaginário? Será uma queda mortal? A verdade é que independente da resposta não há como evitar viver. A beira do abismo. Planando ou se chocando nas pedras. Qualquer seja a resposta tudo depende das escolhas e como se lida com elas. Assumindo-as ou se arrependendo a vida não espera as decisões sensatas. A espera pode revelar-se pior que a decisão. Tenho acreditar que escolho por aquilo que é possível suportar. Ou não. Afinal as respostas sim precisam de tempo para serem avaliadas. Diferente da vida, que permite apenas que possamos vivê-la.
sábado, 5 de maio de 2012
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