quarta-feira, 2 de novembro de 2011

Mais uma Maria
Correr pelo anonimato.
No nome
No fazer
No ser
Não me trouxe nada.
Maria só.
Ser Maria não é fácil.
Um nome abreviavel.
Mas que não mais desejo abreviar.
Tal como a vida que não deixa de ser vivida apenas por que se deseja abreviá-la
Maria de verdade sofre.
Sorri quando quer chorar.
E sempre chora de rir.
É maluca, mas muito centrada.
De lagarta a borboleta.
Não adianta agora tentar voltar para a crisálida.
Bater as asas enquanto é tempo.
Pois é efêmero o viver,
e o tempo de encubar já acabou.
Mesmo sem asas firmes.
Mesmo sem um arcabouço que proteja das quedas.
Mesmo sem um exoesqueleto quitinoso.
A dor faz parte, como o prazer.
A menina árvore, virou mulher jardim e procura novamente pelo salão do encontro,
rever conhecidos e esbarrar em desconhecidos.
Bailar num sonho de valsa, ouvindo uma serenata de amor, e no fim, poder pedir biz.

Obs: quis recuar e não postar, mas seria também, mais uma vez, me esconder.

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