A musa de olhar magoado às vezes tenta retornar.
Já não é mais freqüente, já não deforma o olhar.
Mas a inquietude não permite que ela permaneça por muito tempo
De repente me vejo pensando na pele que habito
Na carapaça que uso.
Para alguns, torna-se algo leve divertido
Para outros, assustadora.
Estrangeira de mim mesmo por alguns momentos.
Não me reconheço, mas também sei que o que conhecia, não era eu
No fundo do quarto escuro não há mais nada.
Não é mais lá que me encontro.
Me perdi de mim? Ou apenas só agora me encontrei?
Às vezes temo o que pode vir a ser.
Abraço a solidão e logo desisto dela, pra em seguida querer voltar.
Em toda essa caminhada muita coisa se perdeu.
Vários pedaços, várias terceiras pernas.
Agora espero apenas por um beijo dado mais tarde
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segunda-feira, 28 de novembro de 2011
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