A musa de olhar magoado às vezes tenta retornar.
Já não é mais freqüente, já não deforma o olhar.
Mas a inquietude não permite que ela permaneça por muito tempo
De repente me vejo pensando na pele que habito
Na carapaça que uso.
Para alguns, torna-se algo leve divertido
Para outros, assustadora.
Estrangeira de mim mesmo por alguns momentos.
Não me reconheço, mas também sei que o que conhecia, não era eu
No fundo do quarto escuro não há mais nada.
Não é mais lá que me encontro.
Me perdi de mim? Ou apenas só agora me encontrei?
Às vezes temo o que pode vir a ser.
Abraço a solidão e logo desisto dela, pra em seguida querer voltar.
Em toda essa caminhada muita coisa se perdeu.
Vários pedaços, várias terceiras pernas.
Agora espero apenas por um beijo dado mais tarde
.
segunda-feira, 28 de novembro de 2011
quarta-feira, 2 de novembro de 2011
Mais uma Maria
Correr pelo anonimato.
No nome
No fazer
No ser
Não me trouxe nada.
Maria só.
Ser Maria não é fácil.
Um nome abreviavel.
Mas que não mais desejo abreviar.
Tal como a vida que não deixa de ser vivida apenas por que se deseja abreviá-la
Maria de verdade sofre.
Sorri quando quer chorar.
E sempre chora de rir.
É maluca, mas muito centrada.
De lagarta a borboleta.
Não adianta agora tentar voltar para a crisálida.
Bater as asas enquanto é tempo.
Pois é efêmero o viver,
e o tempo de encubar já acabou.
Mesmo sem asas firmes.
Mesmo sem um arcabouço que proteja das quedas.
Mesmo sem um exoesqueleto quitinoso.
A dor faz parte, como o prazer.
A menina árvore, virou mulher jardim e procura novamente pelo salão do encontro,
rever conhecidos e esbarrar em desconhecidos.
Bailar num sonho de valsa, ouvindo uma serenata de amor, e no fim, poder pedir biz.
Obs: quis recuar e não postar, mas seria também, mais uma vez, me esconder.
Correr pelo anonimato.
No nome
No fazer
No ser
Não me trouxe nada.
Maria só.
Ser Maria não é fácil.
Um nome abreviavel.
Mas que não mais desejo abreviar.
Tal como a vida que não deixa de ser vivida apenas por que se deseja abreviá-la
Maria de verdade sofre.
Sorri quando quer chorar.
E sempre chora de rir.
É maluca, mas muito centrada.
De lagarta a borboleta.
Não adianta agora tentar voltar para a crisálida.
Bater as asas enquanto é tempo.
Pois é efêmero o viver,
e o tempo de encubar já acabou.
Mesmo sem asas firmes.
Mesmo sem um arcabouço que proteja das quedas.
Mesmo sem um exoesqueleto quitinoso.
A dor faz parte, como o prazer.
A menina árvore, virou mulher jardim e procura novamente pelo salão do encontro,
rever conhecidos e esbarrar em desconhecidos.
Bailar num sonho de valsa, ouvindo uma serenata de amor, e no fim, poder pedir biz.
Obs: quis recuar e não postar, mas seria também, mais uma vez, me esconder.
Assinar:
Postagens (Atom)