“EU TE AMO”
“NÃO ADIANTA FINGIR QUE NÃO SENTE”
“CUIDADO COM O QUE PLANTA NO MUNDO!”
“CUIDADO. FAÇA ISSO POR MIM.
POR MIM!
POR MIM!
POR MIM!”
Quem
Quem
Quem....
…
Quem...
Quem...
…
Quem
…
….
…... (trechos da peça Por Elise, do grupo Espanca)
Essas palavras ecoavam em sua cabeça. Dançam, brincavam, mas não queriam sair. Pareciam ter resolvido simplesmente ficar por ali. Até que ela lhes desse outro fim, senão ficarem guardadas.
Decidiu escrevê-las. De certa forma, no papel elas não seriam perdidas. Mas não era só isso.
Eram palavras latidas. Recordou de sentimentos que ela tentou esconder. Sentimentos que guardava para si. Também para não perdê-los. Afinal não podia abandonar a dor. Foi o que restou. Não, não foi apenas isso. E agora via com clareza. A dor era parte. Mas temia perder. Temia se esquecer. Mas não podia mais. Precisava se desprender da dor. Precisava deixa ele ir. Mas seria forte o suficiente? Afinal tinha sido muito tempo que se passara. Amara intensamente, desde o primeiro minuto. Desde o primeiro instante. Um instante que não podia perder. Mas que sempre vinha acompanhado da dor. A dor que veio anos depois, seis anos depois. Vivia a contradição de não poder abandonar o instante, mas não poder mais suportar a dor. Quem... Quem... Quem.... Ela respondia com toda a força que tinha... Eu... Eu.... Eu.... Ele sabia. Ela sabia.... Não podia esquecer. Mas não podia ficar para sempre assim. Não tinha mais ele. Não estava mais ali. Um dia lhe perguntaram. Você já amou de verdade? E ela respondeu sem dúvida, sem medo. Sim. A pessoa sorriu, iria provar seu ponto. E em seguida perguntou, mas o que aconteceu, afinal a pergunta está no passado. Morreu, ela respondeu. Então, aquele que queria provar que o amor acaba se perdeu no argumento. E ela ficou com seu olhar perdido. Distante. O tempo passava, precisava de outros amores, outros instantes. Não repetir o mesmo. Mas como uma cavalo novo com fogo nas patas poder correr um direção ao mar. Correr. Sentir o vento. Sentir-se viva depois de morrer um pouco. Era o que queria agora, correr. Correr...
segunda-feira, 6 de junho de 2011
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