quinta-feira, 26 de maio de 2011
O dia amanheceu coberto por uma névoa. Um certo embaçamento. O sol brilhava, até muito. Mas sobre as casas tudo branco. Ocultando ruas, janelas, pessoas se estivessem lá. Um conjunto, da névoa que não deixava a luz chegar e também uma luz forte demais para se ver.
O olhar perdido apareceu hoje novamente. Divaga, sem ver. Olha, mas para dentro. Sem entender. Não pergunto o que aconteceu, nem mesmo como. Mas saber me desorganizou. De sobremaneira. Desorganizou o corpo. Que não responde como deveria. Desorganizou a cabeça. Mesmo tentando não pensar. É sempre recorrente, brinco que não dá pra prever o futuro. O que pensamos hoje, amanhã já é diferente. Ter certeza é a maior ilusão de todas. Mas, as vezes, certas certezas batem a nossa porta. Todo mundo morre. Isso é, creio, a única certeza, sem ilusão. E eu, que já quis morrer, e a chamei para mim, penso como agora não é o momento. Agora já não a chamo, mas ela vem me lembrar que a gente também morre. E vem então Clarice brincar comigo... Não esquecer que por enquanto é tempo de morangos....Sim
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