sexta-feira, 11 de setembro de 2009

Mais uma vez fecho meus olhos. Ainda não estou pronta para sair do topor. Sonho com um campo dourado de trigo. Caminho com minha mão tocando apenas suas pontas. Elas fazem cóssegas em meus dedos. A leveza do céu azul e do campo amarelo me acalmam. Penso nela. Minha pequena criança. Vestido florido. Correndo por ali, sem nenhum problema. Com uma única preocupação: Cercar a borboleta que voa para longe. Logo retornaria ao jardim de rosas da vovó. Lembro-me de como sonhei com você, como criei seu rosto em minha mente. Todos os detalhes que criei ao imaginá-la. Sempre corri para aquele lugar para imaginar como seria minha filha. Em meu devaneios criei diálogos, cenas. Cada palavra cada movimento no dia em que o ouro foi tingido de vermelho sangue. Vermelho como se as rosas do jardim tivessem sido espalhadas pelo campo de trigo.

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