“Meu ultimo texto a ti”
Quando foi escrito tinha um outro sentido é bem verdade. Era uma carta que nunca foi enviada. Uma carta a uma paixão perdida. Mas o tempo passou e, por uma obra do acaso, o pedaço de papel dobrado, caiu do caderno onde fora depositado e me aguardara por horas a retornar e reencontrá-lo. Talvez o tempo de espera tenha sido ainda maior. Diria alguns anos. Anos nos quais os sentidos mudariam. E a carta endereçada a outrem tem mais sentido quando endereçada a mim mesma. A li reconhecendo a letra, meu próprio traço, mas ainda assim alheio ao meu eu atual. Hoje tenho em mim mesma a resposta à pergunta da carta. Sim preenchi meu vazio com o próprio vazio do vento, mas aprendi a assoviar. Assim a angústia de outrora não mais me fere como dantes. E sei o que fui e o que não fui e agora sou. Não para o outro, mas para mim. A pergunta tão recorrente se desfaz.
Me vem a voz de Caetano, “Quando a poesia realmente fez folia em minha vida”, por mais que seja uma despedida como na carta de adeus, penso no final. Certamente eu vou ser mais feliz.
De encontros e desencontros vou construindo minha vida sem tanta dor e sem desespero. Sem me exasperar e tornando a espera parte do trajeto. Mesmo com tempestades e com calmarias, perdendo o norte, mas só para poder perceber que busco é o sul. Muito vento pode derrubar um navio, mas pouco também pode deixar a deriva. E talvez tenha já ultrapassado o Cabo das tormentas e possa com tranquilidade renomeá-lo de Cabo da Boa Esperança.
terça-feira, 17 de julho de 2012
segunda-feira, 9 de julho de 2012
Três imãs, três mulheres, três cidades.
Caminhos cruzados com tanta coisa em comum, e ainda assim, tantas diferenças.
Cada qual com seu estilo, seu cabelo, tipos de unhas.
Corações partidos de formas diferentes.
Sonhos despedaçados, que dos cacos formam outros sonhos.
Sonhos estes, mais felizes.
Lado a lado caminham essas mulheres, com histórias que se cruzam, lugares ocupados repetidos e borboletas no estômago.
Aliás, as borboletas as rodeiam. Por vezes, também joaninhas alegram a tarde fria.
Três poemas recitados.
Em uma é a mudança que a alegra. E então muda-se até o poema que converte o pranto em doce canto.
Em outra, a letra a faz atravessada pelo mundo. E me pergunto, qual seria seu novo conto?
A terceira se depara com a hora feliz, sempre adiada. Em busca do caminho da alegria se interroga onde põe as maçãs.
Essas três moças seguem caminhando. Trocando poemas e contos.
Às vezes também trocam de poema, e ai a conversão pode chegar na terceira, a segunda muda os lugares nas das maçãs mas dos morangos e a primeira, podendo contar apenas o que sabe dela, escreve.
Caminhos cruzados com tanta coisa em comum, e ainda assim, tantas diferenças.
Cada qual com seu estilo, seu cabelo, tipos de unhas.
Corações partidos de formas diferentes.
Sonhos despedaçados, que dos cacos formam outros sonhos.
Sonhos estes, mais felizes.
Lado a lado caminham essas mulheres, com histórias que se cruzam, lugares ocupados repetidos e borboletas no estômago.
Aliás, as borboletas as rodeiam. Por vezes, também joaninhas alegram a tarde fria.
Três poemas recitados.
Em uma é a mudança que a alegra. E então muda-se até o poema que converte o pranto em doce canto.
Em outra, a letra a faz atravessada pelo mundo. E me pergunto, qual seria seu novo conto?
A terceira se depara com a hora feliz, sempre adiada. Em busca do caminho da alegria se interroga onde põe as maçãs.
Essas três moças seguem caminhando. Trocando poemas e contos.
Às vezes também trocam de poema, e ai a conversão pode chegar na terceira, a segunda muda os lugares nas das maçãs mas dos morangos e a primeira, podendo contar apenas o que sabe dela, escreve.
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